Com a nova lei, empresas efetivam estagiários

27/01/2014 Por: taisbr

03 de junho de 2009.

Vários estagiários estão sendo contratados como funcionários em empresas situadas em Curitiba em razão das novidades trazidas pela nova legislação: bolsa-estágio (ou outra forma de contraprestação) e auxílio-transporte obrigatórios em caso de estágio não obrigatório, recesso obrigatório remunerado, seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, carga horária máxima de seis horas diárias, entre outras. De acordo com a coordenadora da Central de Carreiras da Universidade Positivo, Taís Targa, essas novidades têm um custo maior para o empresário. Se o estagiário é importante para a organização, efetivá-lo antes que conclua o curso superior é um plano que as empresas têm desenvolvido por conta da nova lei, explica Taís.

A coordenadora de estágios do Instituto Euvaldo Lodi Paraná (IEL-PR), Lucimara do Nascimento, confirma que, por conta dos novos encargos, muitas empresas deixaram de ofertar vagas para estagiários. As pequenas, principalmente. “As novidades da lei têm um custo com o qual as empresas menores não conseguem arcar”, revela. “A lei está alterando a dinâmica dos estágios no país. A contratação de funcionários efetivos é uma das modalidades surgidas, mas não a única. Só depois de um ano de lei é que poderemos perceber os resultados dessas alterações”, completa.

Lucimara comenta que as exigências para a contratação de estagiários também aumentaram por conta da nova lei. “As empresas têm buscado habilidades e conhecimentos que a educação formal não atende e só são adquiridos em uma vivência anterior. Aquele candidato que tem um segundo ou terceiro idioma fluentes, um intercâmbio no exterior, conhecimento de softwares específicos para determinado trabalho, entre outros pré-requisitos, tem mais chance de conseguir uma vaga”, explica. Das 1,5 mil vagas ofertadas pelo IEL no primeiro trimestre deste ano, 8% delas tiveram dificuldades de preenchimento porque os candidatos não atenderam a pré-requisitos como esses, informa Lucimara.

A razão para as exigências está na relação que a empresa quer ter com esse estagiário, segundo a coordenadora da Central de Carreiras da UP. “A empresa aposta nele, vê um futuro para ele como funcionário. Portanto, as exigências são cada vez maiores. Quem quer estar preparado para o mercado de trabalho tem que começar desde a graduação, desde o primeiro estágio”, diz Taís.

Fonte: Site Jornale

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