Está participando de um processo seletivo?

25/03/2014 Por: taisbr

Por Taís Targa

É raro encontrar no mundo corporativo alguém que nunca teve um contato sequer com Head Hunter e outros profissionais de Recursos Humanos. Seja participando de um processo seletivo ou mesmo depois de contratado, o contato com tais profissionais é inevitável. Em se tratando particularmente de processos de seleção, seguem algumas dicas para fortalecer esse contato e não agir de forma inadequada.

Quando tiver uma entrevista presencial com Head Hunter, é de bom tom adicioná-lo a sua rede de contato profissional (LinkedIn, por exemplo), mas nunca o convide para sua rede social, a menos que o entrevistador tenha solicitado. Você pode, inclusive, fazer um breve agradecimento, sem fazer nenhuma pergunta ou dizer que aguarda o retorno.

Quando for fazer um contato telefônico, lembre-se: você não foi o único profissional entrevistado no último mês, não adianta dizer que é o José da Silva que está falando e esperar que, no ato, ele se lembre de tudo a seu respeito. Soa melhor dizer: Olá, aqui é José da Silva que está participando do processo de Gerente Industrial em Curitiba e gostaria de saber se há alguma novidade no processo.

Nunca, mas nunca mesmo envie um e-mail ou cobre por telefone de forma ríspida por notícias sobre o processo seletivo. É muito desagradável receber e-mails nos quais o candidato diz com todas as letras que o selecionador ficou de dar um retorno até a data X e que ainda não o fez. Ou seja, já de início você está chamando o profissional de, no mínimo, irresponsável.
Se participou de um processo e recebeu retorno negativo, não pressione o outro lado. Tenha em mente que o cliente do profissional é a empresa e que o mesmo não tem a obrigação de lhe dar um feedback ultra detalhado sobre suas competências. Você pode questionar “de leve” os motivos que fizeram com que você não continuasse no processo, mas mostre que você é resistente a frustração e disponibilize-se para participar de um processo futuro.

Foi escolhido para a vaga, ótimo! Comemore e agradeça o Head Hunter. Lembro como fiquei surpresa quando um Gerente de Compras me mandou um e-mail de agradecimento quando fez um mês de empresa. Com certeza esse nome nunca será esquecido.
Como diz Saramago, “Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: dar voltas”. Essa frase deve ser um mantra para você, pois num mundo dinâmico como o nosso, os profissionais rodam bastante e bom relacionamento nunca esteve tão em alta.

Taís Targa*

Só estando na pele de quem espera por uma resposta de emprego para entender a incrível capacidade que temos de mudar temporariamente, e às vezes inconscientemente, alguns conceitos que nos levam a tomar atitudes precipitadas.

Por exemplo, qual o conceito de tempo para aquele que espera? Qual é o poder do sim, quando a decisão pelo seu futuro profissional está nas mãos de um terceiro?

Todos os fatores parecem tomar proporções maiores nesses momentos inevitáveis da nossa carreira. São inevitáveis, mas acredito que ajuda bastante quando tentamos praticar aquela velha história sobre vida equilibrada, tendo outros focos para gastar nossa energia e fazer valer a dica número seis, tão bem apontada no texto da Taís.

Beatriz Carvalho

Vivemos um tempo de intensas transformações e entre elas a mais visível tem sido lidar com a quantidade de informações que devemos processar diariamente. Vemos, hoje, jovens com baixa tolerância a frustrações e falhas, e que, por isso, desenvolvem uma ansiedade imensa. É um verdadeiro desafio manter o equilíbrio e a calma durante os processos seletivos, ainda mais quando se participa de diversos simultaneamente.

O caminho para isso é um só: os jovens precisam entender que o mundo tem um ritmo próprio e que ele nem sempre é o mesmo de nossas expectativas. Portanto, é válido que o processo seletivo seja uma das oportunidades para se aprender a falhar e gerar cicatrizes.

Afinal, todo desenvolvimento verdadeiro e real vem das conquistas e também das derrotas.

Sidnei Oliveira

 

*Taís Targa, Psicóloga, Mestre em Educação, Especialista em Transição de Carreira, Coaching e Recolocação.

Beatriz Carvalho, formada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, trabalha há quatro anos com relacionamento corporativo.

Fonte: Blog do Sidnei Oliveira na Revista Exame

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